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terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Suécia: iniciativas em defesa de migrantes convertidos ao cristianismo

Suécia: iniciativas em defesa de migrantes convertidos ao cristianismo

Igrejas na Suécia questionam os critérios utilizados pelo Conselho para a Imigração na "avaliação da credibilidade dos convertidos", muitos deles migrantes muçulmanos, pedindo que "seja dado maior peso ao testemunho e às ações do convertido de que às suas capacidades de argumentação".
Cidade do Vaticano
As Igrejas da Suécia se reunirão nesta quarta-feira às 18 horas no Filadelfiakyrkan, para um momento de oração seguido por uma caminhada no centro de Estocolmo. O objetivo é chamar a atenção para as “carências sistemáticas que existem na avaliação por parte do Conselho para a imigração, dos pedidos de asilo de convertidos”.
A dar o anúncio da iniciativa foi uma nota divulgada pelo Conselho de Igrejas: "Muitas Igrejas locais em todo o país têm tido nos últimos anos contatos com requerentes de asilo e os recém-chegados, muitas vezes de origem muçulmana, interessados ​​na fé cristã", explica.  Muitos deles se converteram ou expressaram o desejo de fazê-lo, mas isso "não foi considerado como credível" pelas autoridades, que rejeitaram a conversão como motivação para obter asilo na Suécia.

Avaliação de credibilidade dos convertidos

 

O evento de 16 de janeiro pretende fazer com que seja aberta uma discussão sobre quais critérios o Conselho para a Imigração usa para "avaliação da credibilidade dos convertidos" e que mais convertidos vejam aceitas suas razões.
As Igrejas já se manifestaram em diversas ocasiões sobre o assunto, pedindo que na avaliação seja investigado mais "o cenário de ameaça" ao qual estão sujeitos os convertidos rejeitados e que seja dado maior peso ao testemunho e às ações do convertido do que às suas capacidades de argumentação.
A iniciativa contará com a presença, entre outros, do cardeal Anders Arborelius, de Dioscoros Atas, arcebispo da Igreja Ortodoxa Síria e de Antje Jackelen, arcebispa da Igreja da Suécia.

Contradições e dificuldades do país

 

Nos dias passados o próprio cardeal Arborelius, na mensagem divulgada por ocasião da Festa da Epifania, havia lançado um apelo pedindo oração em particular por Malmö, "que deveria tornar-se uma cidade de paz e bondade em vez de uma cidade onde de disparos" - como voltou a repetir-se na noite de Santo Estêvão – e também pela situação política sueca.
O fato de a Suécia ainda estar sem governo, segundo o cardeal, "é um sinal das profundas contradições e dificuldades em nosso país": é preciso "trabalhar juntos pela unidade e o consenso".
Em relação à já próxima Semana de Oração pela Unidade dos cristãos, o cardeal havia convidado justamente a "rezar pelos convertidos ao cristianismo, que correm o risco de serem expulsos" da Suécia.
"É indecoroso que não se mostre mais abertura e empatia para com aqueles que encontraram o caminho para a fé cristã em nosso país", disse ele. Na Suécia existem "muitos sinais de falta de respeito e compreensão para com os crentes e por aquilo em que eles acreditam. Em uma sociedade pluralista como a nossa, se deveria estar mais atento para não criar contrastes desnecessários que contribuam para construir muros e gerar divisões".

Cardeal Arborelius abençoa ícone de Santa Teresa de Lisieux

 

Nos dias passados, o cardeal Anders Arborelius, bispo de Estocolmo, abençoou um ícone de Teresa di Lisieux, a santa católica padroeira das missões, na Igreja Luterana de Vasa Kyrka, em Gothenburg. A cerimônia foi realizada no contexto da peregrinação das relíquias da santa francesa pelos seis países escandinavos, incluindo a Suécia.  Um ulterior sinal do bom estado das relações ecumênicas em nível local, entre católicos e luteranos.
Precisamente na Suécia, a catedral luterana em Lund foi palco da histórica visita do Papa Francisco no outono europeu de 2016.
(L'Osservatore Romano)
15 janeiro 2019, 13:28

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